entenda o que o Copom realmente sinalizou

Corte de juros

em janeiro pode não vir:

O mercado aposta em corte já na primeira reunião de 2026. Mas a comunicação do BC diz outra coisa — e ignorá-la pode custar caro ao investidor.

Por que falam tanto em corte de juros em janeiro?

O mercado embute quase 80% de chance de corte na curva de juros.

A leitura é simples: desaceleração econômica + pressão política = espaço para reduzir a Selic. Mas isso não significa que o Copom concorda.

No comunicado mais recente, o BC reforçou que a estratégia é manter a Selic estável por período prolongado.

Se janeiro fosse um mês provável para corte, o Comitê teria deixado algum sinal. Não deixou.

O que o Copom realmente sinalizou

O BC removeu qualquer indicação antecipada sobre cortes.

Quando o Copom tira o “guia”, a mensagem é clara: não contem com queda automática.

Silêncio, nesse caso, é postura dura.

O fim do forward guidance importa

Expectativas de inflação desancoradas

As projeções seguem acima da meta para 2025, 2026 e 2027.

Enquanto a inflação esperada não voltar a convergir, não existe corte sustentável.

Cortar antes disso aumenta o risco de perder credibilidade.

Sim, a economia desacelerou.

Mas o mercado de trabalho segue forte, com desemprego em 5,4% e renda real em alta.

Com emprego aquecido, o BC não tem urgência para afrouxar a política monetária.

Atividade mais fraca não é sinal verde

Um corte prematuro pode sugerir que o BC cedeu à pressão política ou fiscal. Esse tipo de sinal já custou caro ao país com inflação teimosa e novos apertos logo depois.

O risco de cortar

cedo demais

Pelos dados, pela comunicação e pelas expectativas: a resposta mais provável é não.

O mercado pode apostar.

O Copom, porém, é quem apita

— e não sinalizou mudança.

Então vai ter corte

de juros em janeiro?

A reunião será no dia 10.

Mais importante que a taxa em si será o comunicado:

• Alguma mudança no tom?

• Menos preocupação com expectativas?

• Menos ênfase no “período prolongado”?

Essas pistas valem mais que a própria decisão.

O que o investidor deve observar agora

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Quer entender o que fazer se o corte de juros em janeiro não vier?