Corte de gastos do Governo:

o que muda com

o novo pacote econômico

O pacote anunciado em rede nacional pelo ministro da Fazenda inclui uma série de ajustes fiscais para reduzir o rombo nas contas públicas.

A proposta veio em um momento de pressão crescente para alcançar a meta de déficit zero em 2024, enquanto o governo enfrenta desafios como aumento de gastos

obrigatórios,

arrecadação insuficiente e volatilidade econômica global.

O objetivo é economizar entre

R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões por ano nos próximos dois anos, totalizando R$ 70 bilhões até 2026.

A promessa de "déficit zero", defendida desde o início do governo Lula, ganha reforço com essas medidas, mas a inclusão do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda surpreendeu

o mercado e levantou questionamentos sobre o equilíbrio entre arrecadação e despesas.

• Limitação do crescimento do salário mínimo

• Combate aos supersalários no

setor público

• Mudanças na previdência

dos militares

• Redução do

abono salarial

• Limitação

das emendas parlamentares

• Proibição de novos benefícios fiscais

Principais medidas do pacote de corte de gastos

A grande surpresa do pacote foi o anúncio da elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil, beneficiando cerca de 36 milhões de brasileiros. A medida, prometida durante a campanha de Lula, deve entrar em vigor apenas em 2026 e terá impacto fiscal estimado em R$ 35 bilhões

por ano.

Aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda: uma decisão controversa

Para compensar essa perda, o governo propôs uma tributação mínima de 10% sobre rendimentos acima de R$ 50 mil por mês, incluindo dividendos, atualmente isentos de tributação.

Reação do mercado:

A inclusão dessa medida

gerou desconfiança sobre o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal. No dia do anúncio, o dólar fechou

a R$ 5,91, o maior

valor nominal

da história, e

o Ibovespa

caiu 1,73%.

A implementação do pacote fiscal será um teste de fogo para o governo. O sucesso dependerá

de articulações políticas com o Congresso, especialmente em relação às medidas mais impopulares, como o ajuste no salário mínimo e a redução do abono salarial.

No curto prazo, o mercado continuará atento às ações do governo, e a volatilidade pode persistir.